domingo, 17 de agosto de 2008

A DECEPÇÃO DOS JOGOS OLÍMPICOS

De quatro em quatro anos , o drama repete-se. Nas semanas que antecedem os Jogos Olímpicos, os oráculos e os especialistas de todas as especialidades fazem contas às medalhas que vamos ganhar. São sempre muitas mais do que aquelas que o comum dos cidadãos se atreveria a imaginar. Depois, começam as provas e as medalhas não aparecem. Seguem-se as desilusões, as queixas, as acusações. E a decepção geral, dos atletas e do país.
O comum dos cidadãos nunca se atreveria a imaginar tantas medalhas como as que se são prometidas antes dos Jogos porque sabe perfeitamente que tem um país mais pequeno do que por vezes o levam a pensar, que os recursos são escassos e o investimento exíguo, que o desporto escolar é uma enexistência e um Carlos Lopes ou uma Rosa Mota não se fabricam de encomenda. Países como a China, ou os Estados Unidos, ou como a Rússia e de todos os seus antigos satélites da " cortina de ferro ", há décadas que tratam o desporto como pilar essencial do sistema de ensino, para não dizer da sociedade, integrando-o e valorizando-o devidamente. Não é essa a tradição nem a cultura portuguesa, pelo que não se pode exigir contrapartida de um investimento que não se faz, ou que, em geral, se faz pelos minímos. Fica para a próxima, eu mantenho as minhas dúvidas.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O pH - OS IÕES DE HIDROGÉNIO

O pH é definido como o logaritmo negativo da concentração de iões de hidrogénio. Isso significa que uma solução ácida, com uma concentração elevada de iões de hidrogénio, corresponde a um pH baixo. Pelo contrário, as soluções alcalinas têm poucos iões de hidrogénio mas um pH elevado. Essa relação inversa pode fazer alguma confusão no início, mas recentemente o pH tornou-se um termo corriqueiro. Os sabonetes, os champôs - e até alguns refrigerantes - gabam-se de ter "um pH equilibrado". Vale a pena recordar que o pH é uma função logarítmica, o que significa que uma mudança de uma unidade de pH corresponde a uma diferença dez vezes maior na concentração de iões de hidrogénio. Assim, o vinagre ( que tem um pH de 2 ) contém quase um bilião de vezes mais iões de hidrogénio do que o amoníaco ( pH 11 ).
A maioria das células prefere um meio próximo do pH neutro (7,0), em que a concentração de iões de hidrogénio é equilibrada por uma concentração igual de iões de hidroxilo ( um ião de hidrogénio e um ião de hidroxilo combinam-se para formar uma molécula de água). As células são também muito sensíveis a pequenas alterações no pH, razão pela qual o pH do sangue humano é rigorosamente regulado. O seu valor ronda os 7,4 e quando ultrapassa os 7,7 ou não atinge os 7,0 é imcompatível com a vida.

AS PROTEÍNAS

As proteínas consistem num segmento linear de aminoácidos mas - como um colar caído no chão - dobram-se em formas muito mais complexas. Por vezes, duas ou mais cadeias de proteínas podem juntar-se para construir uma molécula muito maior: a insulina, por exemplo, é constituída por duas subunidades proteicas e a hemoglobina por quatro. A forma tridimensional de uma porteína é critica. As moléculas sinalizadoras têm de se ajustar perfeitamente aos seus recepctores-alvo, as enzimas têm de se ligar aos seus substratos precisamente da mesma maneira e as proteínas estruturais têm de se encaixar na posição correcta. A sequência de uma proteína dita o modo como ela se dobra mas no interior da célula esse processo é dificultado justamente pela concentração muito alta de outras proteínas. Essa sobrepopulação molecular significa que uma proteína pode formar acidentalmente associações com proteínas adjacentes não relacionadas e não consigo mesmas.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

DIÓXIDO DE CARBONO

O dióxido de carbono é produzido pelo corpo como um subproduto do metabolismo em quantidades consideráveis. Dissolve-se dando origem ao ácido carbónico e a quantidade de gás expirado é equivalente a 12,5 litros de ácido forte industrial ( ou, mais correctamente, 12.5 moles de iões de hidrógénio ) por dia!! O dióxido de carbono é transportado pelo sangue dos tecidos onde é fabricado para os pulmões, de onde é expulso para a atmosfera: frequências respiratórias mais elevadas implicam maior quantidade de dióxido de carbono expelido e a redução das concentrações do gás nos alvéolos pulmonares e no sangue.
O dióxido de carbono é um poderoso agente regulador da respiração ( actua sobre um conjunto diferente de receptores químicos, situado no cérebro ) e quando a sua concentração no sangue desce, há inibição da respiração. Isso é fácil de comprovar. Qualquer pessoa consegue suster a respiração durante mais tempo se, antes de começar, respirar muito mais depressa durante um breve período. ( Não o faça durante mais de um minuto, pois causa tonturas. ) A explicação é que o acto de suster respiração termina, não por necessidade de oxigénio, mas por causa do aumento da concentração de dióxido de carbono o sangue. Quando este atinge um nível crítico, leva-nos a respirar.