sexta-feira, 14 de maio de 2010

O NOSSO ESTILO DE VIDA PODE INFLUENCIAR O " COMPORTAMENTO" DOS GENES?

Sim. Pode causar mudanças epigenéticas, o que significa que o nosso fenotipo muda. Por exemplo, uma pessoa que não pratica actividade física até aos 20, 25 anos terá menos densidade óssea do que alguém que pratica muito desporto. Se ambos,  após essa idade, perderem massa óssea devido ao processo normal de envelhecimento, o mais sedentário pode correr o risco de vir a sofrer fracturas mais cedo. É a lógica use it or loose it, também aplicável, por exemplo, ao uso contínuo do cerebro até uma idade avançada que ajuda a prevenir doenças neurológicas degenerativas como a doença de Alzheimer.

O ANTIOXIDANTE

Os radicais livres são elementos instáveis, extremamente reactivos, que se formam nas reacções metabólicas normais do nosso organismo.
Em condições fisiológicas normais, os radicais livres são neutralizados por um complexo sistema de defesa antioxidante. Porém, factores como o fumo do tabaco, a poluição do ar, radiações, medicamentos, álcool e stress podem aumentar exponencialmente a sua produção. Quando produzidos e em excesso, atacam as biomoléculas, podendo originar mutações, inactivar enzimas, danificar as membranas celulares, penetrar na célula, deformando o material genético, e podendo mesmo provocar morte celular. Nestas situações, são necessárias quantidades extras de antioxidantes para proteger o organismo das agressões dos radicais livres.
Os antioxidantes são um conjunto de compostos como enzimas, co-enzima Q10, vitaminas como a E e a C, betacaroteno, e elementos como o magnésio, o zinco e o selénio. A vitamina C é um potente antioxidante que, quando ingerido com a vitamina E, possui uma potência ainda mais eficaz, uma vez que regenera a capacidade antioxidante desta última.