terça-feira, 1 de julho de 2008

NECESSIDADES DE OXIGÉNIO

Por estranho que pareça, o factor que limita o consumo de oxigénio pelos músculos não é a capacidade dos pulmões, ou a aptidão dos músculos para extrair oxigénio do sangue; é a taxa à qual o coração bombeia sangue para todas as partes do corpo.
Então como é que o coração ajusta o seu rendimento às exigências dos músculos em funcionamento? Um dos processos é o aumento da frequência dos batimentos cardíacos, que é desencadeada por um aumento dos níveis da hormona adrenalina no sangue em circulação. Um outro é o aumento do volume do sangue bombeado a cada batimento o que também é estimulado pela adrenalina, bem como por um mecanismo descoberto pelos fisiológos Otto Frank e Ernest Henry Starling, ao qual se chama o efeito Frank-Starling. Estudos por eles efectuados revelaram que se o músculo cardíaco é alongado pelo sangue no seu retorno, contrai-se com mais força, aumentando o volume de sangue ejectado a cada batimento. Quando o ritmo cardíaco aumenta, o sangue circula mais depressa e por conseguinte o sangue regressa à câmara esquerda do coração enche-a mais rápida e completamente, o que significa que a força com a qual o sangue se contrai é maior. O aumento do rendimento cardíaco pode ainda assim não ser suficiente para levar ao músculo em esforço a quantidade de oxigénio de que ele necessita, por isso durante exercícios muito intensos o sangue é desviado de orgãos menos activos para oa músculos. Os rins, por exemplo, chegam a receber menos de um quarto do fornecimento de sangue habitual.

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